Ao invés de meditação “ativa” ou “passiva”, vamos falar em “restritiva” ou “potencializante”
No post anterior demos uma introdução sobre técnicas de meditação ativas e passivas. Vimos que, numa visão mais moderna, a “meditação passiva” é quando o exercício indica permanecer parado numa postura fixa como nos Asanas do Yoga. Por outro lado, “meditação ativa” é quando fazemos uso de movimentos ou séries de movimentos para aprender a meditar. Um exemplo muito conhecido são as séries do Osho.
Digo aos meus alunos que essa divisão entre técnicas de meditação não está errada, mas que também não está exatamente certa. Acontece que ela é uma classificação muito limitada e imprecisa. No meu jeito de ensinar técnicas de meditação, eu convido meus alunos a enxergar a lógica que existe por trás da proposta de cada sistema ou exercício.
No meu método, ao invés de falar em termos de “meditação ativa” ou “meditação passiva”, eu descrevo apenas duas categorias que eu chamo de “técnicas restritivas” ou “técnicas potencializantes”.
Digo que técnicas de meditação são “restritivas” quando focam em restringir ou limitar funções naturais presentes em qualquer um dos níveis ou dimensões do ser humano.
Digo que técnicas de meditação são “potencializantes” quando focam em refinar, desenvolver ou burilar funções naturais presentes em qualquer um dos níveis ou dimensões do ser humano.
Técnicas de meditação para as funções naturais do ser humano.
Vamos tomar alguns exemplos começando pelo mais clássico que é usar técnicas de meditação para “permanecer parado” ou “estar em movimento”.
Evidentemente que o movimento é a função natural do corpo humano: verdadeiramente, só ficamos realmente parados no “rigor mortis”. Nem quando adormecemos profundamente cessamos de nos movimentar. Mover-se é a função natural da vida. Então, quando você pratica meditação tentando ficar parado, está focando numa ação restritiva, e que restringe uma função natural do corpo que é o constante movimento.
Agora imaginemos o contrário disso: pense em técnicas de meditação que focam no refinamento e na purificação de movimentos. Nesse caso, o que acontece é uma potencialização da função natural da dimensão do nosso corpo, que ancora o poder do movimento físico em nós.
Veja que falar em técnicas “ativas” ou “passivas” nos faz olhar mais para o aspecto exterior do processo. É uma divisão que faz você focar naquilo que seu corpo está fazendo na hora de aprender a meditar, ou seja, se está parado ou em movimento.
Trata-se de uma divisão que te faz enxergar apenas o exercício em si, mas não faz você se aprofundar no processo que está acontecendo ali.
Para cada técnica, uma função.
Perceba que se você olha cada técnica buscando enxergar o seu papel, então você amplia o seu olhar para apreender o processo em sua totalidade. Você amplia muito a sua visão a respeito do alcance das técnicas de meditação quando começa a enxergar a lógica por trás do processo, ou seja, descobrir se aquela técnica ou exercício está a serviço de restringir ou de potencializar alguma função natural do Ser.
Isso tudo ajuda o meditador a se situar na hora de criar a sua própria rotina de meditação. Tenho tido excepcionais resultados com essa metodologia, mas o melhor de tudo é que meus alunos, depois de entenderem a lógica que está subjacente em cada processo, passam eles mesmos a criarem as suas próprias técnicas de meditação.
É assim que cumpro o meu principal propósito que é mostrar como é possível aprender a meditar incluindo a criatividade no processo.
No Post “Como praticar técnicas de meditação segundo a função de cada exercício” você encontra o desenvolvimento completo de como aplicar técnicas restritivas ou potencializante em cada dimensão ou nível do ser humano desde o físico, energético, sensorial-emocional, mental, sistêmico, espiritual e cósmico. Assim, pouco a pouco, você vai entendendo mais sobre como aprender a meditar com a Terapia de Fluxo Dimensional.